O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Maurão de Carvalho, foi preso na manhã desta quarta-feira (12) por determinação das Câmaras Especiais Reunidas do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO). A ordem de prisão foi cumprida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Rondônia (MPRO).
Maurão de Carvalho foi condenado a 11 anos e 7 meses de reclusão, além de 501 dias-multa, pelo envolvimento em crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A pena deve ser cumprida em regime fechado.
Esquema de corrupção na Assembleia Legislativa
A condenação do ex-parlamentar é resultado da “Operação Dominó”, que investigou um esquema de desvio de recursos públicos na Assembleia Legislativa entre 2004 e 2005.
O golpe, conhecido como “folha paralela”, consistia na nomeação de servidores fantasmas que recebiam salários sem exercer funções na ALE-RO. Segundo o MPRO, Maurão de Carvalho foi considerado culpado por desviar R$ 590.699,48 e ocultar os valores em contas de empresas.
Ainda de acordo com as investigações, o esquema era liderado pelo então presidente da ALE-RO e contava com a participação de quase todos os 24 deputados estaduais da época, que teriam desviado R$ 11.371.646,83 entre junho de 2004 e junho de 2005.
Prisão e desdobramentos
Com a condenação transitada em julgado, ou seja, sem possibilidade de recurso, Maurão de Carvalho deverá cumprir imediatamente a pena imposta pelo TJRO.
A “Operação Dominó” já resultou na condenação de outros ex-parlamentares e servidores da ALE-RO, sendo considerada uma das maiores investigações sobre corrupção no estado de Rondônia.
O caso segue repercutindo no meio político e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.
Com informações do MP/RO*