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ENTREVISTA NO JH – “Não há nada para comemorar”, diz Bosco da Federal no dia nacional do policial federal

De acordo com Bosco da Federal a categoria está desassistida

Na semana em que se comemora o dia do policial federal (16 de novembro) o JH Notícias recebeu em sua redação o diretor do Sindicato da Polícia Federal do estado de Rondônia, Bosco da Federal, para falar sobre a atual condição de trabalho dos agentes e demais servidores da PF em todo o país.

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De acordo com Bosco da Federal não há nada para se comemorar diante de perdas tão grandes que vem se acumulando ao longo dos anos para a categoria, entre elas a PEC da Previdência, que mostrou a disparidade em que um agente federal é tratado em relação aos militares das Forças Armadas.

“Atualmente existe uma disparidade muito grande entre os direitos estabelecidos para os militares das Forças Armadas e os servidores da PF. Um exemplo é o pensionista de um PF que só tem direito a 50% do salário, salvo quando o policial morre em combate, coisa totalmente diferente com os militares”, disse Bosco da Federal.

Para Bosco da Federal, a PF se tornou uma das instituições mais respeitadas e confiáveis do Brasil, mas precisa de valorização, melhores condições de trabalho, paridade e integralidade para seguir defendendo o país e sua soberania.

“Para se ter uma ideia de como a Polícia Federal está desvalorizada uma diária paga à um agente em operação não passa de R$ 350, um valor irrisório comparado por exemplo, à diária paga para um assessor de deputado que chega a R$ 1.200”, disse Bosco da Federal.

Com relação às pautas locais, Bosco da Federal afirmou que a grande luta em Rondônia é o fortalecimento para os agentes que trabalham em região de fronteira através do pagamento dos retroativos do adicional de fronteira aos policiais, além da construção de uma superintendência com infraestrutura mínima para atender a demanda da PF em Rondônia.

“Os policiais que atuam nas fronteiras da região Norte do país estão sobrecarregados, falta contingente, principalmente em Rondônia, onde é necessário com urgência a abertura de concurso público para o encaminhamento de mais agentes para a região. Se compararmos a estrutura do prédio da superintendência da PF no Acre com a de Rondônia é uma vergonha para nosso Estado”, afirmou Bosco da Federal.

Apoiado por 80% da segurança pública o Governo Federal precisa dar uma resposta da valorização à Polícia Federal, e para Bosco da Federal o principal indicativo de que o atual Governo valoriza a PF é estruturar as atribuições dos policiais através de Lei e não através de Portarias, como é feito atualmente.

Bosco da Federal é um dos mais atuantes agentes da Polícia Federal no que diz respeito aos direitos da categoria em todo o Brasil. Em Rondônia já coordenou o departamento de inteligência da PF, foi vereador da capital do Estado.

Em suas atuações nacionais e internacionais, entre outras coisas, ele atuou em operação especial no Haiti e coordenou a segurança da Eco 92.

Bosco da Federal possui treinamento pelo DEA, a agência antidrogas do Estados Unidos que atua em todo o planeta.

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