Em entrevista à TV Verdes Mares, o motorista, que prefere não se identificar, diz que procurou ajuda de pessoas próximas e de forças de segurança, mas não obteve socorro. “De repente, apareceu um rapaz armado com pistola e foi anunciando o assalto. Nesse assalto, levaram minha moto, um dos capacetes, aparelho celular e minha mochila. Fiquei desesperado”, lembra.
“Como se não bastasse, eu peguei a Rua Anário Braga [Antônio Bezerra] a pé e, pela segunda vez, fui assaltado, desta vez, atropelado. Os assaltantes me pediram o celular e expliquei para eles que não tinha mais porque eu tinha acabado de ser assaltado. Não tinha nada para dar para eles. A única coisa que tinha era o outro capacete que sobrou do primeiro assalto”, disse.
Só de cueca e sem moto
Ainda de acordo com o motociclista, após o atropelamento, ele sentiu dores no corpo, principalmente na perna atingida pelo veículo. Sem a moto, ele avalia como serão os próximos dias, já que era o instrumento de trabalho da sua única fonte de renda.
“Estou machucado na parte de trás da perna. Não conseguia colocar a perna no chão, mas hoje deu uma melhorada. Agora ficou difícil. Essa era única fonte de renda há nove meses e acabou tudo. Vou ter que ver outra coisa, não sei, não parei para pensar no que vou fazer. Não deu tempo para me programar. Esperar o que vai acontecer, ver se a moto aparece. Tenho dois filhos para sustentar”, lamentou.
A Polícia Civil do estado informou por meio de nota que apura os dois roubos contra o motorista de aplicativo nos bairros Antônio Bezerra e Quintino Cunha. A pasta disse que as duas ocorrências foram noticiadas mediante boletins de ocorrência.
Os casos distintos estão a cargo do 10º Distrito Policial (DP) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFVC), unidades que realizam buscas para tentar identificar os suspeitos.