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A difícil tarefa de conseguir ser feliz equilibrando humor e euforia

Confira as notas do dia, por Cícero Moura

BIPOLAR

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Quase cem por cento das pessoas são bipolares. Sugiro ter cautela e desconfiança dos unipolares. Eles são pessoas voltadas ao exclusivo, o que na maioria das vezes se torna muito chato.

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SOZINHOS

Os  unipolares  são pessoas de apenas uma ideia, de um sentimento só, de uma única mulher, de um único  emprego, de uma única  fonte de renda  e de uma solidão de dar pena.

CIÊNCIA

Os psiquiatras, em sua ampla maioria,  afirmam categoricamente que o bipolar  quando não está depressivo, está eufórico. Se você parar agora para lembrar de alguém assim, vai encontrar uma dezena ao seu lado.

ANORMALIDADE 

Ainda seguindo a análise da psiquiatria, ambos  os extremos são anormais, fogem ao padrão de felicidade pessoal. Feliz é quem consegue equilibrar o humor entre a depressão e a euforia.

COMPORTAMENTO

A euforia é um estado de êxtase, a pessoa se torna  eloquente, criativa, brilhante, dona de grandes ideias. O eufórico antecipa sempre os melhores resultados, sem analisar com frieza o que eventualmente pode não dar certo.

PERIGO

No entanto, a euforia traz consigo uma desvantagem terrível, que é justamente o que pode ocorrer com o oposto de toda a grande expectativa gerada para determinadas situações ou atos.

RISCO

Tomada por euforia,  a pessoa se mune de um tal grau de irritabilidade que se torna inconveniente, agressiva, a ponto de brigar no trânsito, brigar no serviço, brigar com a mulher, com os filhos, nos casos extremos é capaz de matar.

ISOLADO

A depressão é um estado de prostração. A vida perde o sentido para o depressivo. Ele quer se fechar, se isolar e não há argumento ou conselho que consigam fazer o depressivo mudar de ideia.

NULO

O depressivo não cria nada, pelo contrário, só destrói: a si próprio. O depressivo não tem inspiração. A  depressão é exatamente o contrário de inspiração.

EQULIBRIO

O mais correto para o bipolar e o unipolar seria o meio-termo, isto é, quando a pessoa está apta tanto à tristeza quanto à alegria, que não fosse nem depressivo e nem eufórico.

CEREBRAL

O limite ideal da mente está entre a tristeza e a alegria, se baixar da tristeza, entra no terreno da depressão. Se exceder na alegria, ingressa na euforia.

BOA IDEIAS

Minhas melhores ideias são àquelas que coloco  em prática quando eufórico.  As colunas que escrevo são em exemplo disso. As que faço na euforia sempre são comentadas por amigos em meu telefone privado.

CONTRAPONTO

Mas paralelo a isso,  na vida particular, no trabalho, no meio familiar e no trânsito, quando eufórico, ficava também  litigante. Costuma explodir facilmente  contra pessoas das minhas relações.

 

CAMINHO

Consertei isso focando na espiritualidade, no estoicismo e na filosofia. Fazer caridade alivia a alma, aceitar as coisas como elas são nos faz viver com razão e estudar  a existência humana, com base na razão e na argumentação, nos torna bem melhores como pessoa.

RECAÍDA

E claro que em alguns momentos nos vemos depressivos, e quando isso acontece somos um deserto em matéria de imaginação e possibilidades. Não conseguimos criar absolutamente nada.

CONHECIMENTO

A depressão é um caminho sombrio, uma estrada sem fim que leva aos túneis mais escuros  da mente humana. Perde-se o sentido da vida e se amaldiçoa o próprio nascimento.

AJUDA

Tenho visto  alguns amigos nessa condição e por isso resolvi colocar esse tema na coluna. Usei a bipolaridade para ilustrar os vários caminhos que a mudança repentina de comportamento pode levar, inclusive à depressão.

AVALIAÇÃO

O Ministério da Saúde considera a depressão um problema grave e de solução paulatina. Não se resolve tomando uma medicação apenas para esperar passar “ a dor”. A melhora é lenta e complexa.

NÚMEROS

De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico.

NÚMEROS 2

Segundo  a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida.

NÚMEROS 3

Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade.

NÚMEROS 4

Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens.