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VISITA SURPRESA – Hildon vai à Câmara e defende transporte coletivo

"Sem ônibus, o transporte ficaria com o crime organizado"

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O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (UB), realizou uma visita surpresa à Câmara de Vereadores durante sessão plenária realizada na tarde desta última terça-feira (18) para falar na tribuna sobre as ações realizadas em sua gestão.

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De acordo com Hildon Chaves, ele estava passando por perto da Câmara de Vereadores e tomou conhecimento que naquele momento os vereadores estavam promovendo um debate relacionado ao serviço de transporte coletivo de Porto Velho.

“Estava passando aqui por perto, resolvi fazer uma visita para participar do debate deste assunto que é importantíssimo. Essa questão do transporte coletivo, ela caiu literalmente no meu colo no início do nosso mandato, transporte coletivo no mundo todo é um problema seríssimo”, afirmou Hildon Chaves.

O prefeito relembrou que no início da sua gestão o problema era tão agudo que houveram momentos em que a cidade passou a ter apenas seis ônibus com mais de vinte anos de uso atendendo a população. Ele ainda afirmou que o serviço era rejeitado por empresas do setor e que apenas uma se prontificou na licitação aberta pela prefeitura.

Chaves ainda realçou a complexidade do problema relembrando que o prefeito anterior a sua gestão, Mauro Nazif (PSB) havia tentado por duas vezes fazer a licitação do serviço, porém, sem sucesso.

Apenas uma empresa disputou a licitação do transporte coletivo na capital

“Depois de muito trabalho conseguimos fazer a licitação e uma única empresa participou, ninguém quis participar do processo do ônibus de Porto Velho. Nos últimos quinze anos o transporte coletivo funcionou sem licitação, conseguimos fazer a licitação e ela começou a funcionar um pouquinho antes da pandemia”, disse o prefeito de Porto Velho.

Ainda segundo Hildon, após a licitação chegaram ônibus seminovos com ar-condicionado, wi-fi, carregador de celular, serviços que iam além do que havia sido licitado, porém, por conta da pandemia, o fluxo de usuários do sistema era de aproximadamente três mil pessoas por mês, fato que quase levou a empresa a fechar as portas e ir embora de Porto Velho.

Para Hildon Chaves a perda do transporte coletivo em uma cidade representa a tomado de transportes alternativos como vans, que segundo ele é em grande parte do Brasil controlada pelo crime organizado através das facções criminosas.

Câmara de Vereadores de Porto Velho

“Junto com as vans vem o crime organizado, é o PCC e o Comando Vermelho que operam as vans em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e diversos outros pontos do Brasil. Nós temos hoje um problema seríssimo de segurança pública em nosso município, por isso naquele momento nós optamos pelo subsídio do transporte coletivo, que acontece praticamente em quase todas as grandes cidades do Brasil”, afirmou Hildon Chaves.

Segundo o prefeito, caso o subsidio seja interrompido em Porto Velho o valor da passagem subiria para aproximadamente R$ 7. “A sociedade deve opinar por essa questão e dizer o que quer, a tarifa efetiva hoje deveria ser algo em torno de R$ 6,80 para que não houvesse subsídio”, afirmou o prefeito.

O prefeito ainda afirmou que o transporte público deve ser incentivado e subsidiados de se for necessário, sendo essa uma política tomada por grandes prefeituras de todo o mundo.

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