Quase um terço dos municípios de Rondônia enfrentam situação crítica ou de alerta em relação ao abastecimento de água, devido à prolongada seca causada pelo fenômeno “El Niño”. O Comitê de Crise Hídrica do estado alertou que as autoridades permanecem em constante vigilância diante desse desafio.
O coronel Nilvaldo Azevedo Ferreira, comandante do Corpo de Bombeiros e líder do comitê de crise hídrica, informou que, embora as chuvas recentes tenham aliviado temporariamente a situação, elas não são uma solução definitiva. Os efeitos do “El Niño” são previstos para persistir até meados de 2025.
Entre os municípios em situação crítica estão Cerejeiras, Corumbiara, Espigão d’Oeste, Jaru, Ji-Paraná e Ouro Preto d’Oeste, onde os rios e mananciais atingiram níveis críticos. Em Espigão d’Oeste, o rio Palmeiras, fonte de captação de água, entrou em colapso, levando o município a decretar estado de calamidade pública.
O Governo do Estado, em colaboração com a Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd), Departamento de Estradas de Rodagens e Transporte (DER), e Secretaria de Estado de Obras e Serviços Públicos (Seosp), interveio, coletando água de outras fontes para suprir as necessidades do município afetado.
Os municípios de Castanheiras, Colorado do Oeste, Mirante da Serra, Ministro Andreazza, Parecis, São Miguel do Guaporé, Santa Luzia d’Oeste, Seringueiras, Teixeirópolis e o distrito de Vista Alegre do Abunã (pertencente a Porto Velho) estão classificados em nível de alerta pelo comitê de crise hídrica.
O comitê prevê que os níveis dos rios em todo o estado não ultrapassem 60% de suas capacidades totais, mantendo assim as autoridades em alerta constante diante da crise hídrica.