A formação de uma reserva de emergência costuma ser o primeiro passo do investidor na caminhada rumo à prosperidade financeira.
Ela funciona como uma importante proteção para os riscos que aparecerão associados às melhores possibilidades de ganho.
Além disso, com a reserva, mesmo o cidadão que não tem interesse em se aprofundar no universo de investimentos tem como se proteger de impactos que podem ser causados especialmente em momentos de crise.
Em resumo, formar uma reserva de emergência garante a segurança necessária tanto para quem quer se proteger de imprevistos quanto para quem pretende buscar resultados cada vez mais expressivos investindo.
A educação financeira
Educação financeira diz respeito ao uso que uma pessoa ou um grupo faz da informação a respeito do dinheiro. Assim, essa pessoa está procurando saber mais sobre como lidar com os recursos financeiros e, em função disso, extrair melhores resultados pensando no curto, médio ou longo prazo.
Embora a lógica pareça simples, de gastar menos do que ganha, na prática, diversos outros elementos costumam dificultar o acúmulo de recursos por parte do brasileiro como o consumismo e a própria dificuldade de acesso a produtos e serviços essenciais.
De acordo com análise divulgada em setembro de 2019, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Logistas (CNDL), o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 60% dos entrevistados ficam sem dinheiro antes mesmo do fim do mês.
Apenas 29% das pessoas consegue usar parte do que ganha para formar uma reserva de emergência, ainda assim, de maneira eventual, não recorrente.
Significa que a maior parte da população brasileira definitivamente não está preparada para lidar com qualquer tipo de crise. Tratando-se de um país com histórico de instabilidades de todo tipo, isso se torna uma bomba relógio no colo do trabalhador.
A reserva de emergência
A importância de criar uma reserva nesse contexto é justamente de dar ao indivíduo maior tranquilidade em relação aos imprevistos que podem aparecer na vida de qualquer um.
Por exemplo, uma pessoa que ganha R$ 5 mil, por exemplo, e usa parte dessa renda para pagar a escola dos filhos, o financiamento do carro, entre outros custos e não faz uma reserva. Então, ela perde o emprego. No mês seguinte, se não conseguir um novo emprego, viverá uma situação dramática de não ter absolutamente nada para sobreviver.
Agora, quando essa pessoa que vive com R$ 5 mil perde o emprego e tem R$ 60 mil na reserva, pode manter o seu padrão de vida durante um ano enquanto busca uma recolocação profissional. A cada mês, ela poderá tirar os R$ 5 mil de que precisa.
Assim, o ideal é que o investidor consiga juntar pelo menos 6 vezes o valor de salário. Dessa ,forma terá ao menos um semestre de segurança em relação ao dinheiro.
Essa aplicação precisa ser feita em um ativo com alta liquidez, ou seja, que permita o resgate rápido do dinheiro investido.
Somente a partir do momento em que o investidor tiver uma quantidade suficiente de recursos na reserva é que pode partir para investimentos de perfis mais arriscados e que podem trazer maiores rentabilidades, como o mercado de ações, por exemplo.
Como fazer a reserva de emergência
Primeiro, é preciso que a pessoa reorganize seus gastos de maneira a fazer com que algum dinheiro sobre no fim do mês.
Embora o valor ideal seja de um terço, essa regra não precisa ser seguida a risca, considerando a realidade das pessoas. É recomendável demorar mais para formar a reserva do que simplesmente não ter uma.
O fato é que, muitas vezes, depende da aceitação de um novo padrão de vida, menos consumista e mais estratégico.
Feito isso, essa pessoa pode recorrer a investimentos de renda fixa marcados pela liquidez e segurança, como a Caderneta de Poupança e o Tesouro Selic.
Entre eles, embora a Poupança tenha a liquidez mais alta, o Tesouro se diferencia em termos de rentabilidade, permitindo ao investidor ganhar mais dinheiro mesmo sem perder tanto em liquidez.
Vale lembrar que se a Poupança tem liquidez imediata, o Tesouro Selic tem liquidez diária, que permite o resgate em um dia útil.