Mochila encontrada no mar é de copiloto de bimotor que caiu em Ubatuba

Informação foi confirmada pela mãe do proprietário do avião, José Porfírio Jr., que está desaparecido com outro tripulante desde o dia 24

A mochila encontrada pela Marinha do Brasil no litoral entre Ubatuba, em São Paulo, e Paraty, no Rio de Janeiro, é do copiloto do avião bimotor que caiu no mar na noite do dia 24. Os pertences de José Porfírio de Brito Júnior, 20 anos, foram localizados pela Marinha no último sábado.

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A confirmação de que a mochila é do copiloto que era e proprietário do bimotor, foi feita pela mãe dele, Ana Regina Agostinho, 43, em seu perfil nas redes sociais:

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“A assessoria de imprensa da Marinha me ligou ontem, ao meio-dia, e falou que se solidarizava com a família e iriam dar os informes duas vezes ao dia. Eles não deram retorno ontem à noite. Estou esperando alguma notícia hoje. Além disso, eles me falaram que a bolsa achada era do meu filho e que era para a gente ir até São Sebastião, na delegacia, pegar. Eu pedi que eles (a Marinha) nos entregassem, já que estamos nas buscas. Desconversaram”.

A família tem feito críticas constantes à Marinha, já que a corporação não passa informações. Segundo os parentes, a corporação nega que seja responsável pelas buscas no mar e, segundo a família, não cedeu os equipamentos necessários para a busca específica, como o sonar que pode identificar destroços em águas profundas.

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Em entrevista ao Metrópoles nesta quarta-feira, a namorada de José Porfírio, Thalya Ares Viana, pontuou que os equipamentos de busca que vem sendo utilizados são de embarcações particulares, sem o alcance necessário.

“A rotina da família, dos conhecidos, dos solidários e a minha e a de acompanhar e ajudar nas buscas. Mudei para Paraty para isso. E estamos nos mobilizando intensamente nas redes sociais. Precisamos de ajuda especializada, precisamos dos equipamentos da Marinha”, disse Thalya, de 20 anos.

Instruções de boing
De acordo com os Bombeiros e com o pai do copiloto, o também piloto José Porfírio de Brito, ao emitir um alerta, o piloto do bimotor, Gustavo Carneiro, que teve o corpo localizado dia 25, recebeu instruções do comandante de um Boeing da GOL linhas Aéreas. Ana Regina contou que, na verdade, as instruções para o pouco de emergência foram passadas por uma piloto mulher.

“A conversa pode informar o que aconteceu. Foi uma piloto mulher que ajudou o meu filho. Ela relatou o desespero do meu filho quando eles estavam caindo”, conta Ana Regina ao Extra, referindo-se a um diálogo captado por um avião que passava perto. “É uma guerra a procura do meu filho. Criamos grupos de WhatsApp para as buscas dos dois. Eu tenho certeza de que o meu filho está vivo e, se Deus quiser, vamos achá-los vivos”, completa.

As buscas por José Porfírio e o empresário Sérgio Alves Dias Filho, de 45, que fretou o voo, seguem sendo realizadas pela Força Armadas e os Bombeiros. O bimotor decolou, com atraso, em Campinas. O voo estava previsto para sair às 17h, mas só partiu às 20h30 do dia 24. O último contato com a aeronave foi feito às 21h40, pela torre do Rio de Janeiro. O avião estava em situação normal, com autorização para realizar voos noturnos, porém, não tinha permissão para fazer táxi aéreo.

Em nota, a FAB informa que as buscas vêm sendo feitas com auxílio de uma “aeronave C-130 Hércules, que decolou às 5h da manhã”. “Um helicóptero H-36 Caracal permanece à disposição, podendo ser acionado em caso de necessidade de resgate e, até o momento, uma área de mais de 5700 km² do litoral foi coberta pela busca aérea”, completa.